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Palma Forrageira    
Cochonilha do carmim provoca perdas de 100%
Produtor deve usar variedades resistentes e aplicar mistura a base de óleo de algodão e detergente para controlar praga
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Kamila Pitombeira
03/12/2012

A palma forrageira vem sofrendo intensos ataques da cochonilha do carmim, tanto em Pernambuco, como na Paraíba e em Alagoas. A praga suga a seiva da palma, o faz com que a planta fique debilitada, chegando à morte. Devido ao clima propício do sertão pernambucano e paraibano, a praga assume um caráter drástico e as perdas chegam a 100% da produção, causando ainda graves prejuízos para a pecuária da região. Entre as medidas de controle, a utilização de variedades resistentes é essencial, mas deve estar aliada a práticas de manejo como o controle mecânico e a aplicação de uma mistura a base de água, óleo de algodão bruto e detergente.

— Somente na Paraíba, existem 100 mil hectares de palma infectados pela cochonilha. Essas áreas já foram totalmente perdidas. Já no Estado de Pernambuco, esse número cai para 50 mil. Portanto, a área infestada pela praga chega a 150 mil hectares de palma, causando um prejuízo de aproximadamente R$ 500 milhões aos agricultores. Considerando a região afetada, temos um dano econômico em torno de 80% — conta Edson Batista Lopes, pesquisador da Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (Emepa).

Segundo ele, não é difícil identificar o ataque da cochonilha na palma. Isso porque ela tem o formato de uma pelota branca, parecida com o algodão. Essas pequenas pelotas ficam fixadas na palma e delas flui um líquido vermelho, chamado carmim.

— Para controlar as pragas, em primeiro lugar, o produtor deve optar pela utilização de variedades resistentes, como as cultivares Palmepa PB1 e Palmepa PB3. Elas são as duas variedades mais difundidas na Paraíba e em Pernambuco — afirma Lopes.

Outro ponto que merece ser destacado é o controle mecânico. O entrevistado diz que, logo no período de surgimento da praga, recomenda-se que o agricultor colete a palma que apresente uma ou duas pelotas, coloque-a em um saco e ofereça ao gado.

— Já a terceira forma de controle é a utilização de óleo de algodão bruto com detergente na proporção de 1 para 1. Nesse caso, é feita uma mistura dos dois ingredientes com água na proporção de 5l do produto para 100l de água e, em seguida, aplica-se na palma. A eficácia dessa mistura é de quase 100% — explica.

Para prevenir o surgimento da praga, o entrevistado recomenda medidas de manejo adequadas, como o maior espaçamento entre as palmas, ou seja, 2x1. No entanto, ele explica que a cochonilha lança milhões de filhotes no ar. Portanto, a melhor prevenção é evitar a movimentação do material de uma região para outra.

— O produtor não deve retirar o material de uma área infestada e passar para outra, pois a praga tem uma movimentação diária de 20Km. Ao final de cinco dias, ela terá se disseminado a 100Km de distância — orienta.

Para mais informações, basta entrar em contato com a Emepa através dos números (83) 3218-5476 ou (83) 3218-5477.

Reportagem exclusiva originalmente publicada em 15/12/2011

Clique aqui, ouça a íntegra da entrevista concedida com exclusividade ao Jornal Dia de Campo e saiba mais detalhes da tecnologia.
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